Impotência Sexual

Andrologia e Medicina Sexual, são as áreas de atuação da urologia que cuidam da saúde do homem, particularmente das funções reprodutoras e sexuais em todas as suas fases. Investiga as causas para o tratamento das doenças que afetam a libido, a ereção, a ejaculação e o orgasmo.

Patologias relacionadas: disfunção erétil (dificuldades na obtenção ou manutenção da ereção); insuficiência erétil (ereção parcial com repercussão de satisfação sexual); doença de Peyronie (fibroses penianas que podem provocar tortuosidade e disfunção erétil); deficiência androgênica do envelhecimento masculino – DAEM (andropausa); alterações de libido; ejaculação precoce; fimose (prepúcio, pele do pênis, estreitada); prepúcio redundante (excesso de prepúcio); e freio curto (impede a livre movimentação do prepúcio junto a glande).

Disfunção erétil: conheça causas, sintomas, prevenção e tratamentos

“Na maioria das vezes, as doenças associadas à disfunção erétil são passíveis de controle e tratamento. Ter atividade física regular, evitar consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas, alimentar-se de forma regrada e saudável são as chaves para prevenção.”

A disfunção erétil é a incapacidade de o homem conseguir obter e manter uma ereção do pênis suficiente que possibilite uma atividade sexual satisfatória. Pode ser um sinal de doenças crônicas em atividade ou mesmo problemas psicológicos, afetando a qualidade de vida dos pacientes e de suas parceiras. Nem sempre o fato de não conseguir ter uma ereção adequada se traduz em disfunção erétil, porém se isso ocorrer de forma frequente, o ideal é consultar um médico urologista para uma avaliação adequada.

Estima-se que 100 milhões de homens no mundo apresentem disfunção erétil, sendo esta a mais comum disfunção sexual encontrada nessa população após os 40 anos. No Brasil, a prevalência se aproxima de 50% após os 40 anos, algo em torno de 16 milhões de homens.

As causas são variadas, podendo estar relacionadas a:

– Problemas circulatórios: a ereção depende diretamente do fluxo de sangue para o pênis, portanto as alterações que dificultam a circulação adequada para essa região podem causar disfunção erétil. Temos como exemplo as doenças cardiovasculares (hipertensão, doença arterial coronariana), diabetes, colesterol elevado, tabagismo, cirurgias prévias na pelve e pessoas submetidas a radioterapia prévia.

– Neurológicas: até 20% dos casos de disfunção erétil estão associados a problemas neurológicos. Alguns exemplos são doenças degenerativas (esclerose múltipla, doença de Parkinson), acidente vascular cerebral, tumores do sistema nervoso central e traumatismos.

– Anatômicas ou estruturais: pessoas que desde o nascimento ou mesmo por doenças adquiridas tenham alterações na anatomia peniana podem apresentar problemas na ereção e nas relações sexuais. Temos como exemplo a doença de Peyronie, uma condição vista mais comumente após a meia idade na qual ocorre a formação de uma placa de tecido endurecido ao longo dos tubos interiores do pênis, o que gera uma curvatura anormal e dificulta a ereção.

– Distúrbios hormonais: desequilíbrios hormonais podem ser causa de alterações da libido (desejo de ter relação sexual), principalmente a falta de testosterona, o que influencia diretamente na ereção. Outras condições também podem estar relacionadas, como disfunções da glândula tireoide (hipertireoidismo, hipotireoidismo), da glândula hipófise (hiperprolactinemia), entre outras alterações.

– Induzida por drogas: inúmeros medicamentos podem causar problemas na ereção, como anti-hipertensivos, remédios para depressão, antipsicóticos e uso de drogas como álcool, heroína, cocaína, metadona entre outras.

– Psicológicas: problemas como ansiedade, depressão e estresse afetam mais a população adulta-jovem, gerando transtornos de ereção por diminuírem diretamente a libido.

Sintomas

A impotência sexual pode ser manifestada de várias maneiras, não somente pelo fato de não conseguir manter o pênis ereto, mas por problemas na ejaculação ou orgasmo. Em certos pacientes ocorre uma demora para manter uma ereção duradoura ou mesmo a ereção é obtida, porém, não apresenta rigidez suficiente. Outras vezes, mesmo apresentando uma ereção adequada, ocorre ejaculação precoce (ejaculação que acontece antes, durante ou pouco depois da penetração com mínima estimulação sexual).

É possível prevenir

Devemos ter em mente que manter hábitos de vida saudáveis é o melhor caminho a seguir. Na maioria das vezes, as doenças associadas à disfunção erétil são passíveis de controle e tratamento. Ter atividade física regular, evitar consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas, alimentar-se de forma regrada e saudável são as chaves para prevenção.

Tratamentos

Dependem das causas subjacentes. As mudanças do estilo de vida (não fumar, evitar ingerir bebidas alcoólicas, praticar atividade física, alimentar-se de forma saudável) são imprescindíveis a todos os homens. O tratamento pode ser dividido em não farmacológico (aconselhamento psicológico ou psiquiátrico), farmacológico (medicamentos que induzem a ereção) e cirúrgico.

Para as pessoas que apresentam problemas psicológicos, a psicoterapia associada ou não a medicações para depressão é recomendada, devendo ser acompanhada por um psicólogo ou psiquiatra.

Existem diversos medicamentos disponíveis que induzem a ereção ao facilitar o fluxo sanguíneo para o interior do pênis, podendo estes ser administrados diariamente, sob demanda antes das relações sexuais ou mesmo serem administrados pelo paciente por uma injeção direta no pênis. Lembrando sempre que os mesmos devem ser utilizados somente sob supervisão médica e necessitam de estimulação sexual para obter resultado.

Em casos específicos ou mesmo refratários a terapia medicamentosa, as opções cirúrgicas de próteses penianas podem ser uma opção, com resultados satisfatórios, melhorando muito a qualidade de vida do homem. É possível escolher entre próteses maleáveis (semirrígidas), articuláveis ou infláveis.

Ejaculação precoce

Ejaculação precoce

O que é

Ejaculação precoce (EP), prematura ou rápida, segundo a ISSM (Sociedade Internacional de Medicina Sexual) é a disfunção sexual masculina caracterizada pela ejaculação que ocorre sempre, ou quase sempre, quando o tempo desde a penetração vaginal até a ejaculação passa a ser insatisfatório para o homem ou para o casal. Essa dificuldade gera consequências negativas, tais como: sensação de incômodo, insatisfação e/ou desejo de evitar a intimidade sexual.

Sintomas

A EP é um sintoma, e não propriamente uma doença. Sua incidência é considerada alta, ocorrendo ao redor de 30% dos homens. O principal aspecto é a insatisfação sexual, envolvendo geralmente tanto o homem como sua parceira sexual.

Causas

A EP é um problema comportamental na maioria dos casos, envolvendo um nível de ansiedade elevado, mas também pode ter causas orgânicas (ou físicas), como: prostatite, alterações relacionadas com a serotonina (hormônio que regula o humor, sono, entre outras funções), hipersensibilidade da glande e problemas da tireoide.

Diagnóstico

O diagnóstico da ejaculação precoce é eminentemente clínico, ou seja, ele é feito por meio do relato do paciente, detalhando desde quando iniciou e como evoluiu, além do exame físico e, se necessário, algum exame complementar (dosagem hormonal).

A EP pode ser classificada em:

a) primária: ocorre desde a primeira relação sexual;

b) secundária: ocorre quando já houve previamente um período de tempo sem ejaculação precoce;

c) ocasional ou situacional: ocorre às vezes ou com determinadas parceiras;

Prevenção

Muitas vezes o paciente com EP possui um perfil psicológico de ansiedade. Neste sentido, praticar atividades que aliviem o estresse e conversar com sua parceira sobre o problema podem ser úteis do ponto de vista emocional. A ajuda de um terapeuta sexual pode proporcionar excelentes resultados, inclusive a cura do problema.

Tratamento

O tratamento da EP é realizado basicamente por meio de psicoterapia sexual (podendo ser do tipo comportamental) e de farmacoterapia. Os medicamentos antidepressivos e os analgésicos de ação sistêmica ou local têm sido empregados com bons índices de sucesso e, quando existe disfunção erétil (impotência) associada, os inibidores da fosfodiesterase do tipo-5 podem ser igualmente utilizados. Há uma tendência de se utilizar a combinação de psicoterapia sexual e farmacoterapia, visando melhores resultados.

Dois aspectos fundamentais devem ser levados em conta quando se analisa a EP: a) fazer o diagnóstico diferencial entre EP e DE ou a presença de ambas; b) dimensionar o impacto psicológico que a EP possa estar causando tanto para o homem como para sua parceira.

DAEM (Andropausa)

DAEM (Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino) ou conhecido antigamente como Andropausa, é uma entidade caracterizada pela queda do hormônio sexual do homem, a testosterona, acompanhada de sintomas clínicos típicos.

Todos os homens sofrem deste mal?

Sabidamente nos homens após os 40 anos de idade existe um decréscimo dos níveis de testosterona de cerca de 1% ao ano. Aproximadamente 20 a 25% dos homens acima dos 50 anos sofrerão de DAEM e necessitarão de alguma forma de tratamento.

Sintomas

Diminuição da libido (desejo sexual), do desempenho sexual e da freqüência sexual, cansaço físico e mental, irritabilidade e mau humor, perda de massa muscular, aumento de gordura da região abdominal, perda de pêlos e alteração da textura da pele, que fica mais fina, e em alguns casos, osteoporose.

Diagnóstico

O diagnóstico de DAEM é baseado nos achados clínicos e confirmado pelos níveis sanguíneos baixos de Testosterona. Recomenda­se a qualquer homem com mais de 40 anos e que tenha algum dos sintomas acima descritos a procurar um médico para confirmar o diagnóstico, lembrando que o tratamento através de reposição hormonal é seguro e eficaz, quando bem indicado.

Tratamento

O tratamento consiste em repor a testosterona que se encontra em níveis baixos (reposição hormonal masculina). Hoje existe tratamento através de injeções intramusculares que conseguem manter o hormônio no nível normal e fisiológico. Trata­se de um tratamento seguro e eficaz, que deve ser acompanhado e monitorado através de exames laboratoriais de controle, a cada 3 ou 4 meses.

Reposição hormonal masculina pode causar câncer de próstata?

Não. A administração de testosterona em homens com DAEM não causa câncer de próstata e já existem várias pesquisas clínicas que comprovam este fato. No entanto, caso o homem seja portador de um tumor maligno da próstata, mesmo que inicial, este poderá progredir às custas da reposição. Obrigatoriamente, antes de iniciar a terapia com hormônio masculino, deverá ser investigada a possibilidade ou não da presença de câncer de próstata. Isto deve ser feito com a dosagem sanguínea de antígeno prostático específico (PSA) e com toque retal. Nos casos de dúvida, a biópsia de próstata pode ser indicada. Depois de afastada qualquer chance de ter câncer de próstata é que deve ser iniciada a terapia de reposição.

doenças penis

Pênis

Fimose

Fimose é a dificuldade ou até impossibilidade de expor a glande, ou cabeça do pênis, porque o prepúcio (prega de pele que envolve a glande) estreita a passagem.

Nos primeiros meses de vida, existe uma aderência natural do prepúcio à glande. Porém, até os três anos, essa aderência desaparece na grande maioria dos meninos.

Causas

As principais causas da fimose são assaduras e cicatrizes que retraem a pele, deixando o anel do prepúcio mais estreito. Falta de higiene peniana adequada pode ser responsável pela incidência de inflamações ou infecções que deixam a abertura do prepúcio mais estreita.

Prevenção

A higiene local é a melhor maneira de prevenir a fimose, evitando assim as postites (infecção ou inflamação do prepúcio).

Exercícios ou massagens para arregaçar o prepúcio devem ser evitados, pois além de causar dor, podem provocar sangramentos e, como consequência, a formação de cicatrizes que reduzem o orifício por onde deveria passar a glande.

Tratamento

Não ocorrendo naturalmente o descolamento do prepúcio na primeira infância, o tratamento da fimose é cirúrgico e visa a facilitar a higiene do pênis, a diminuir o risco de balanopostite (infecções do prepúcio e da glande), a corrigir a parafimose (estrangulamento da glande pelo prepúcio) e a permitir relações sexuais mais confortáveis na vida adulta.

O procedimento cirúrgico (postectomia ou circuncisão) consiste na retirada do prepúcio e o ideal é que seja realizado entre 7 e 10 anos. A criança sai no mesmo dia do hospital e, em cerca de 4 dias, pode retomar as atividades normais, mas os exercícios físicos devem ser evitados durante três semanas aproximadamente.

Recomendações

  • Não force a pele da glande, nem faça massagens para aumentar a abertura do prepúcio. Isso pode provocar microtraumatismos e, posteriormente, cicatrizes que reduzem o diâmetro do anel prepucial;

  • Procure realizar a higiene do pênis com atenção e cuidado;

  • Trate as assaduras que por ventura ocorram na glande e no prepúcio para evitar infecções e cicatrizes;

  • Leve seu filho ao médico, ao primeiro sinal de inflamação ou infecção na cabeça do pênis e/ou na pele que a recobre;

  • Não adie a realização da cirurgia de fimose. Aceite-a com naturalidade e procure tranqüilizar seu filho caso ela lhe seja indicada.

Doença de Peyronie

A principal característica da doença de Peyronie é o desenvolvimento de uma placa fibrótica ou de um nódulo que se instalam na túnica albugínea — estrutura que envolve os corpos cavernosos –, comprometem sua elasticidade e impedem que eles se expandam normalmente, o que dificulta a ereção, pois esses distúrbios provocam distorções na forma e inclinação do pênis.

A doença de Peyronie se manifesta, em geral, depois dos 50 anos, mas eventualmente acomete homens jovens. Alguns meninos podem apresentar uma alteração da curvatura peniana chamada pênis curvo congênito, provocada pela desproporção entre o tamanho maior dos corpos cavernosos e menor da uretra, mas que só requer tratamento se prejudicar o desempenho sexual no futuro.

Causas

Não estão bem definidas as causas da doença, mas pequenos traumatismos ocorridos durante a relação sexual podem resultar em cicatrizes que interferem na ereção.

Estudos estão mostrando que existe uma associação dessa enfermidade com doenças reumatológicas, diabetes e uso de betabloqueadores para controlar a hipertensão arterial.

Embora não se possa dizer que seja uma doença de caráter hereditário, parece que a incidência é maior em homens da mesma família.

Sintomas

Presença de nódulo, palpável ou não, associado à dor e à curvatura do pênis durante a ereção. Essa curvatura faz com que ele se posicione para baixo, para cima ou para o lado.

Muitos pacientes ficam tão abalados, quando os sintomas se instalam, que perdem a capacidade erétil por causa da ansiedade.

Diagnóstico

O diagnóstico é basicamente clínico e, quanto antes seja feito, melhor para o resultado do tratamento. Raramente se faz necessário recorrer ao exame de ressonância magnética para visualizar a placa fibrótica e estabelecer o diagnóstico.

Tratamento

Em 20% dos casos, as placas desaparecem espontaneamente, sem tratamento algum, em um ano e meio, dois anos. Quando o problema persiste, alguns medicamentos que agem no metabolismo das células produtoras da fibrose apresentam bons resultados.

Esgotadas essas possibilidades, só depois de dois anos de evolução da doença e apenas quando a alteração prejudica a atividade sexual, o que ocorre em menos da metade dos casos, o paciente é encaminhado para cirurgia. A anestesia é geral ou de bloqueio peridural ou raquidiano.

Existem duas técnicas cirúrgicas que podem ser usadas para corrigir a curvatura do pênis. A primeira tenta compensar o desvio, fazendo uma prega no corpo cavernoso do lado oposto àquele em que se situa a placa. O inconveniente dessa técnica é interferir no tamanho do pênis, que fica menor. A outra consiste em fazer uma incisão em forma de H para liberar na placa. Em seguida, coloca-se um enxerto (um fragmento da veia safena ou de pericárdio bovino) no local da lesão. Em 90% dos casos os resultados são satisfatórios: retifica-se o pênis sem comprometer a capacidade de ereção.

Recomendações

  • Não se aflija com a presença de uma placa ou um nódulo característicos da doença de Peyronie, se eles não interferem na atividade sexual. Nesses casos, não há sequer necessidade de tratamento clínico ou cirúrgico;

  • Procure manter a calma e controlar a ansiedade. Esta, sim, pode ser responsável pela perda da capacidade erétil;

  • Lembre-se de que o uso de aparelhos para aumentar o tamanho do pênis agrava o trauma responsável pela formação da placa e piora o quadro;

  • Saiba que a doença de Peyronie é benigna e, mesmo sem tratamento, não representa nenhum risco para a saúde de seus portadores.

Testículos

A maior preocupação são os tumores de testículos que são mais freqüentes entre 15 a 35 anos. Normalmente se manifesta por aumento de volume e dor testicular. Hidrocele que é o aumento de liquido ao redor do testículo.
Varicocele , que é dilatação das veias do testículo.

Outras Áreas de Atuação